A reanastomose tubária ou reversão tubária, é um método cirúrgico usado para reverter a ligadura das trompas, e pode ser uma opção para as mulheres, que por várias razões, desejam restabelecer sua fertilidade. Sabemos que a trompa (ou tuba uterina) é um órgão delicado, de forma canalicular, responsável pelo encontro do óvulo com o espermatozóide, bem como pelo transporte do embrião em formação para a cavidade uterina.
Sabemos que a laqueadura ainda é um dos métodos de anticoncepção de longa data mais usados, e quando há desejo de gestação após a sua realização, temos basicamente dois métodos principais: a reversão da laqueadura ou a reprodução assistida (fertilização in vitro).
A reversão da laqueadura é um procedimento muito delicado, pois as tubas são milimétricas. Usualmente esta cirurgia é realizada por laparoscopia, com o intuito de retirar a porção da trompa laqueada e fazer união dos dois lados com uma sutura de fio bem delicado.
O sucesso desta operação depende de muitos fatores:
Em condições ideais, a taxa de gravidez pode chegar até 80%, sendo em média em torno de 40 a 50%. Esta chance de sucesso, bem como o tempo para alcançar a concepção após a cirurgia de reanastomose tubária, é influenciada pelos fatores acima.
Os riscos são baixos, mas, como em qualquer procedimento cirúrgico, incluem complicações anestésicas, sangramento, infecção ou dano a outros órgãos. Após a reversão tubária, o risco de gravidez ectópica (gravidez tubária) aumenta de 1 em 100 para 5 em 100 gestações.