Quando a alteração responsável por dificultar a gravidez encontra-se nas trompas (ambas) ou em uma concentração insuficiente de espermatozóides móveis progressivos com adequada morfologia e vitalidade, indica-se a realização de Procedimentos de Reprodução Assistida de Alta Complexidade. Os mais interessantes são ICSI (injeção intra-citoplasmática de espermatozóide) e FIV (fertilização in vitro). Qual a diferença entre eles?
Basicamente, eles se diferenciam na maneira pela qual a embriologista fecundará os óvulos. Na primeira o espermatozóide é injetado dentro do óvulo. Na segunda o óvulo é deixado em um meio de cultura que contém altas concentrações de espermatozóide para que a fecundação ocorra "espontaneamente".
Em ambos os procedimentos será necessária a hiperestimulação ovariana controlada, que é o uso de medicações que forçam os ovários a produzirem uma determinada quantidade de folículos que, ao crescerem, terão óvulos maduros em seu interior. Os ovários, por sua vez, são puncionados e aspirados para obtenção dos óvulos, e, em laboratório, ocorrem os procedimentos de fecundação descritos acima. Após 2, 3 ou 5 dias, os embriões são transferidos para dentro do útero e o teste de gravidez deve ser realizado após 14 dias.
Quantos embriões serão transferidos? Essa resposta é bastante variável. E ela depende da idade, do motivo pelo qual o casal não conseguiu engravidar espontaneamente, do número de tentativas prévias e, sobretudo, da qualidade dos embriões formados. Isso tudo é exposto e discutido com o casal, e toma-se uma decisão conjunta. Embriões ou óvulos não utilizados podem ser congelados para novas tentativas futuras ou não, dependendo do desejo de cada um.
Assim os sonhos são realizados.