O ovário pode formar três tipos de cistos, os funcionais – que fazem parte do funcionamento normal do ovário; os benignos – que são cistos persistentes e geralmente progressivos (como cistos dermoides, endometriomas, cisto adenomas etc) e os malignos.
O ultrassom ginecológico especializado possui um elevado poder de diferenciação entre esses tipos, segundo as recomendações do grupo IOTA (International Ovarian Tumor Analysis).
Os cistos de ovário funcionais desaparecem com o próprio ciclo menstrual, e não precisam de tratamento, como ocorre quase sempre com o cisto de corpo lúteo hemorrágico. E os cistos benignos podem crescer bastante, o que eventualmente pode gerar dor ou torção do ovário.
O tratamento cirúrgico está indicado nos casos em que o cisto é persistente e quando ocorre dor que não melhora com os tratamentos convencionais. Ou, nos casos dos cistos com suspeita de malignidade.
É recomendado que a cirurgia seja feita por um procedimento minimamente invasivo (laparoscopia ou robótica) e o ovário seja preservado sempre que possível. Além disso, para as mulheres que ainda desejam gravidez, é importante que o cirurgião tenha delicadeza e destreza suficiente para haja o menor dano possível sobre a reserva do ovário.
O procedimento é feito sob anestesia geral e a recuperação varia entre 10 e 20 dias.