A #Endometriose é uma doença que afeta milhões de pessoas no mundo. Estima-se que 10 a 15% das mulheres em idade reprodutiva possam ter endometriose. Apesar disso, muitas vezes o diagnóstico da doença pode ser atrasado, levando muitas vezes a mais de 7 anos para uma mulher tenha o seu diagnóstico definitivo.
Muito disso ocorre pela "normalização do sofrimento". Ou seja, mulheres que repetidamente escutam em consultórios médicos que "cólica é normal" e que "sentir dor é comum". Muitas relatam que, tristemente, seu sofrimento é classificado como uma "manifestação de fraqueza", "frescura", "tentativa de chamar a atenção", e outras coisas piores.
Por ser uma doença que se manifesta principalmente com sintomas na pelve feminina, é comum que o ginecologista seja o primeiro a acolher, diagnosticas e tratar os sintomas da endometriose, muito embora também possa haver muitos outros profissionais envolvidos, médicos e não médicos.
Apesar disso, não são todos os ginecologistas que estão habituados ao diagnóstico e tratamento da endometriose. Como não existe uma especialidade definida, os médicos que mais têm contato com pacientes com endometriose são os que são aprofundam nos estudos de cirurgia ginecológica laparoscópica, infertilidade e tratamentos da dor.
Mas essas três competências, apesar de fundamentais, não encerram tudo o que o médico especialista em endometriose precisaria saber. É preciso também ter um olhar atento e integral à saúde da mulher, anotando com sutileza as queixas óbvias como cólicas durante o período menstrual e dores durante a relação sexual, até as queixas menos óbvias como a fadiga, a angústia e o medo da dificuldade de gerar um filho, e a compreensão de que a dor existe muito além dos exames de imagem.